Brasil

CONTATO, ALIANÇAS E CONFLITOS
Chegada em São Vicente e as alianças.
Portugueses ao chegarem a São Vicente, perceberam de imediato a importância fundamental que a guerra teria para eles nas relações intertribais, perceberam também que podiam conseguir muito através de um numero considerável de prisioneiros de guerra que podiam nutrir a mão de obra que tanto precisavam.
Por outro lado, os índios percebiam outras vantagens na formação de alianças com os europeus principalmente nas ações bélicas. Porém logo perceberam os efeitos ruins que tal aliança poderia trazer como rupturas na organização interna das sociedades indígenas, e mais, a “vontade” insaciável de novos aliados por cativos.
João Ramalho

“Para o recém chegado jesuíta Manuel da Nóbrega, baseado em informações secundárias, Ramalho era um português totalmente indigenizado. Escreveu Nóbrega: “[...] toda sua vida e de seus filhos segue a dos índios [...]””
Porém é importante lembrar que, na chegada dos portugueses em 1531-32, os índios, especialmente tupinambás haviam aceitado de forma passiva a presença dos europeus justamente porque esses não causavam nenhuma ameaça, além disso, um dos os principais “nomes” dos tupiniquins, era um tal de João Ramalho, português que anos antes tinha se integrado ao grupo local chefiado por Tibiriça e casado com uma filha deste chefe. Portanto podemos concluir que tal aliança entre Tupiniquim e portugueses teve grande ajuda à presença do João Ramalho. Inclusive o principal assentamento luso-tupi cresceu em torno da aldeia de João Ramalho. Indígena como mão de obra e a presença do escambo.

“Se os índios do Brasil são agora mais guerreiros e mais maldosos do que deviam ser, é porque nenhuma necessidade têm das coisas dos cristãos, têm as casas cheias de ferramentas, porque os cristãos andam de lugar em lugar e de porto em porto enchendo-lhes de tudo que eles querem. E o índio que em outros tempos não era ninguém e que sempre morria de fome, (...) agora têm quantas