Brasil
Macarrão, pizza, lasanha, crianças, adultos, idosos. Seja massa populacional ou de alimentos, é desperdiçada, não somente no Brasil, mas no mundo inteiro. Em primeiro lugar como maior produtor (produzindo 25,7% a mais do que consumido pela população) e com o maior índice de exportação, o Brasil desperdiça o equivalente a 39 mil toneladas de alimento por dia. Da colheita ao prato o desperdício está presente. Enquanto alguns abusam gastando 1 bilhão de reais por ano no mercado e desperdiçando 20% desse valor semanalmente, outros morrem. Poucos sabem, mas a cada 3,5 segundos uma pessoa morre de fome. Em países desenvolvidos o problema está na educação e comportamento populacional, onde o número de alimentos desperdiçado, muitas vezes, atinge o mesmo volume da produção de países pobres, como por exemplo, a África. Contudo, o Brasil, mesmo não sendo desenvolvido, leva cerca de 30% dos alimentos produzidos ao lixo, sem nenhum reaproveitamento. Os números fazem o Brasil ser o campeão mundial do desperdício. Nosso “lixo” poderia alimentar cerca de 62 milhões de pessoas, evitar mortes, após data de validade virar adubo ou até mesmo ser doado aos necessitados que são “supridos” por nossa popular campanha fome zero, e continuam necessitados. Enquanto países emergentes encaram a dificuldade de falta de estrutura para a produção de alimentos, nossa abundância nos faz ignorar o enorme número de alimentos jogados ao lixo. Independente de ser sobras do prato, erro no manuseio ou o mau transporte, é necessário parar. Pessoas qualificadas para a produção e manuseio, transporte adequado, economia no armário da cozinha, noção de alimento por boca (afinal, ninguém come uma panela de arroz sozinho), isso não mata. Desperdício financeiro, populacional, de alimentos ou outra, seja qual for, é necessário que essa mania entre em extinção.
Bárbara Beck