Brasil e o Oriente Médio
Brasil vende mais carne para árabes
Exportações do produto para o Oriente Médio crescem 22,6% no 1º semestre, atingindo um nível recorde de US$ 474 milhões. Recuperação econômica da região é um dos fatores que explicam o aumento
A recuperação econômica no Oriente Médio impulsionou as exportações brasileiras de carne bovina para a região a um nível recorde no semestre, com crescimento de 22,6% (em dólares) na comparação com os seis primeiros meses de 2013. De janeiro a junho deste ano, os 22 países que integram a Câmara de Comércio Árabe Brasileira compraram US$ 474,03 milhões de carne brasileira, em valor FOB — sem frete incluso. Com a expansão das vendas, a região aumentou seu peso nas vendas externas dos frigoríficos brasileiros, tendo absorvido 13,57% das exportações no primeiro semestre contra 12,40% no mesmo período de 2013, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O Egito encabeça o ranking dos países árabes que mais consomem carne brasileira, com compras totais de US$ 246,05 milhões entre janeiro a junho de 2014 — um aumento de quase 35% (em valores) ante igual período do ano passado. No Oriente Médio, o país concentrou 52% das compras de carne vinda do Brasil. Em segundo lugar, aparece a Argélia (11,23% de participação), seguida pelos Emirados Árabes Unidos (9,78%) e pelo Líbano (9,21%). “Houve um melhor desempenho da economia depois das turbulências políticas ocorridas em alguns países”, diz Rafael Abdulmassih, gerente de Negócios e Mercados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Depois de uma retração econômica de 0,1% no ano passado, a região formada pelo Oriente Médio e Norte da África deve crescer 1,9% em 2014, segundo projeção do Banco Mundial. Mas países como Egito (+2,4%), Argélia (+3,3%) e Arábia Saudita (+4,1%), entre outros, tendem a superar a média regional, conforme indicam as estimativas do