Brasil potencia e Regionalização
Muito se escreveu sobre a trajetória bem-sucedida do Brasil, de economia emergente o gigante emergente. Muito menos atenção, no entanto, foi dada para os desafios que ainda devem ser abordados pelo país antes de assumir plenamente outras responsabilidades globais. A recente transição de economia emergente para potência econômica é resultado tanto de políticas deliberadas da parte da administração Lula (2002 – 2010) para “reinserir” o país nas mais importantes instituições decisórias, quanto de uma disposição ambiciosa por parte de vários atores economicamente poderosos do setor privado com alcance global e seu crescente envolvimento nas relações exteriores brasileiras. A Reinserção multilateral tem sido facilitada pela emergência das empresas brasileiras multinacionais (EBMs) e a liderança de um núcleo crescente de gerentes corporativos globais.Na política interna, as implicações da contínua integração do Brasil com a economia mundial incluem:
1) Uma redução do monopólio geral do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty )sobre informações de política externa, influência sobre outros ministérios e diversos atores do setor privado;
2) As multinacionais brasileiras se tornaram tanto “clientes” do Itamaraty quanto “fontes alternativas” de informação e competência em assuntos internacionais;
3) O network diplomático e a agenda de política externa do Brasil continuam a se expandir de acordo com as exigências de muitos dos novos atores econômicos que interagem e desafiam o Itamaraty cada vez mais;
4) Políticas domésticas tem repercussões internacionais crescentes e requerem coesão para maximizar sua efetividade.
O Brasil busca aumentar a multipolaridade nas principais instituições globais por meio da cuidadosa construção de coalizões com outros parceiros do sul global e através da participação ativa no processo de definição de agenda enquanto um membro importante da comunidade internacional. Uma maior visibilidade do