Brasil Imperio
O primeiro reinado é um período de transição, segundo alguns historiadores brasileiros, visto que muitas estruturas coloniais foram mantidas e, o próprio Imperador era oriundo da elite portuguesa colonizadora.
Economicamente o Brasil estava vivenciando uma crise econômica, pelo fato de seus principais produtos - açúcar, algodão, tabaco, couro - estarem em baixa no mercado mundial. Assim sendo, o Imperador tinha muitos problemas a resolver, o primeiro deles era ser reconhecido tanto interna como externamente.
o reconhecimento interno: a resistência a autoridade do Imperador não foi pequena. Como o país recém-independente não dispunha de exército organizado, nem de contingente militar experiente e suficiente para sufocar possíveis revoltas, D. Pedro e seus partidários contrataram mercenários estrangeiros que tiveram participação decisiva, como John Grenfell, John Taylor, David Jewet, Pierre Labatut, Lord Cochrane e outros. As guerras mais violentas se deram na Bahia, Pará e Província Cisplatina. reconhecimento externo: o Brasil não precisou enfrentar nenhuma guerra para ser reconhecido externamente, bastaram alguns acordos para tudo ficar acertado. O primeiro a reconhecer o Brasil foram os EUA, interessados em conseguir privilégios no mercado brasileiro. Logo em seguida veio a Inglaterra, que visava manter seus privilégios e, se possível, aumentá-los. A Portugal não restava outra saída senão negociar com o Brasil. Para reconhecê-lo exigiu que D. João VI fosse aclamado imperador e que o Brasil saldasse uma dívida com a Inglaterra, em nome de Portugual, de 2 milhões de libras esterlinas.
Ao mesmo tempo em que se procurava reconhecimento era primordial organizar a vida política da nação, para isso D. Pedro iniciou os trabalhos da Assembléia Constituinte em 1823. Os grupos políticos dividiram-se em três tendências: moderados (adeptos dos 3 poderes); exaltados (federalistas) e portugueses (defendiam o absolutismo). O