Brasil Império
Processo de Independência do Brasil
As conjurações coloniais:
. Caráter geral das conjurações: As conjurações de fins do século XVIII não são mais como as antigas revoltas coloniais. Agora, contesta-se a colonização e planeja-se uma independência de Portugal.
. Conjuração mineira (1789): Os moradores da região das minas foram duramente atingidos pela derrama e pela proibição das manufaturas. Com as manufaturas proibidas, os mineiros teriam que importar tecidos de Portugal a um preço muito maior que o custo de produção em uma manufatura local. Parte da elite local, baseados nos princípios da Ilustração e influenciados pela Independência dos Estados Unidos, planejam a formação de uma república na região das minas. Não havia muita coesão de idéias, principalmente no que diz respeito à escravidão, mas previam-se manufaturas livres, libertação dos filhos dos escravos, capital em São João Del-Rei, Universidade em Vila Rica, perdão de dívidas, república eletiva, milícia de cidadãos, parlamentos locais e um central. A trama foi delatada por um de seus membros que era endividado da Coroa e todos foram desterrados, com exceção de Tiradentes, o único pobre do grupo, que foi morto.
. Conjuração carioca (1794): Trata-se na verdade de uma sociedade literária, ligada a uma loja maçônica, que discutia a melhor forma de governo para o Brasil e uma possível independência. Não chegou a bolar plano de independência. Também foi reprimida.
. Conjuração baiana (1798): Também chamada de conjuração dos alfaiates, foi influenciada fortemente pela Revolução Francesa. Foi uma revolta muito mais popular do que a mineira, participaram dela soldados, artesãos, negros forros e até escravos. Parte da elite também apoiou a revolta. Tinha princípios mais democráticos que a mineira e previa-se inclusive o fim da escravidão. Dos 34 conjurados, alguns foram presos, outros desterrados e três foram enforcados. Os membros da elite nada sofreram na repressão à revolta.