brasil imperio
O processo de transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado vai se prolongar por praticamente todo o século XIX, em uma longa agonia.
Desde 1807 quando a Inglaterra proibiu o tráfico de escravos em suas colônias, o Brasil vinha sendo pressionado pelos ingleses a adotar medidas que minimizassem o prevalecimento da mão-de-obra escrava. Dentre desse contexto, pode-se destacar:
1810 – Estabelecimento de áreas específicas na África para a busca de escravos.
1815 – Proibições do tráfico de escravos ao norte da linha do Equador (o que efetivamente não ocorreu)
1831 – Pressão britânica e suposto “fim do tráfico negreiro”, o que efetivamente não ocorreu, de tal forma que essa lei ficou conhecida como “lei para inglês ver”. Muitos liberais condenavam moralmente a escravidão no Brasil, mas ela era vista como um “mal necessário”, que deveria acabar gradual e muito lentamente.
1845 – Aprovação da Lei Bill Aberdeen, que considerava o tráfico negreiro um ato de pirataria e permitia que a marinha britânica aprisionasse navios negreiros e à Justiça britânica o direito de julgar quem infringisse a lei.
A partir de 1850 os britânicos vão começar a perseguir os navios negreiros. O governo brasileiro, em face da repressão e não disposto a entrar em guerra com a poderosa Inglaterra, enfim, decreta a proibição do tráfico de escravos, que vai ocorrer em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), prevendo castigos para os infratores e apreensão dos indivíduos traficados.
Com o fim do tráfico de escravos vai ocorrer o redimensionamento das forças produtivas, com um intenso tráfico interno de escravos, que eram deslocados das várias províncias para os grandes centros produtores de café.
Com a proibição do tráfico a tendência foi à gradativa elevação dos preços dos escravos (já que no Brasil a escravidão