Brasil - desigualdades sociais
No final dos anos 1990, o Brasil era uma das dez maiores economias do mundo, tendo ocupado entre 1996 e 1998 o posto de 8a economia do globo, ficando atrás de EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e China, ocupando, assim, uma posição de destaque em termos de produção de bens e geração de serviços. Em 2010, o Brasil já encontra-se na 7a posição, conforme o quadro:
Contrastes na sociedade brasileira
De modo geral, podemos dizer que o Brasil dispõe de muitos recursos naturais (minérios, rios, solo, extenso litoral, etc.), humanos (população relativamente jovem) e econômicos (parque industrial diversificado, algumas indústrias modernas, vastas áreas agrícolas).
Por outro lado, mesmo tendo crescido economicamente nas últimas décadas e com o aumento da produção de riquezas (bens e serviços), não é toda a população que vem se beneficiando.
Os anos 1980 e 1990 apresentaram momentos em que o crescimento foi alto e outros em que o crescimento foi baixo. De qualquer forma, foram anos caracterizados por aumento da inflação (até 1994) e elevação do desemprego (após 1995, principalmente). Assim, a situação das camadas mais pobres da população acabou se agravando.
Em razão disso, tem havido aumento no número de moradias que oferecem pouco conforto às famílias, principalmente nas áreas de periferia das cidades. Mas o aumento de favelas não se limita às grandes cidades, atinge também cidades médias e pequenas.
As cidades brasileiras passaram a conviver também com outro problema: o grande número de moradores de rua, que vivem sob viadutos e nas calçadas. Muitos deles, migrantes da zona rural ou expulsos do mercado de trabalho, não encontram outra alternativa de sobrevivência.
A concentração de renda nas mãos de poucas pessoas é uma característica importante dos países subdesenvolvidos. Em meados da década de 1990, o Brasil era o país que apresentava a pior distribuição de renda do mundo. Nos países desenvolvidos,