INTRODUÇÃO O conceito de Aprendizagem Organizacional ainda hoje gera muitas divergências entre autores, de acordo com Bastos, Gondim e Loiola (2004). No entanto, é consenso para todos que a Aprendizagem Organizacional não ocorre se não houver inicialmente a aprendizagem individual. A partir do compartilhamento do conhecimento individual, a organização pode mudar seus costumes e internalizar conhecimento, acontecendo a Aprendizagem Organizacional. Entretanto, o compartilhamento do conhecimento só ocorre se houver um ambiente favorável a esta troca, ou seja, se a organização for uma Organização de Aprendizagem. Uma organização de aprendizagem é aquela que tem a habilidade de criar, adquirir e transferir conhecimento e de modificar seu comportamento para refletir sobre novos conhecimentos e insights, segundo Graving (1993). Portanto, a Aprendizagem Organizacional depende do indivíduo e do meio (do grupo) em que ele está inserido. Sendo assim, este artigo propõe a hipótese de que a maximização da aprendizagem de uma empresa poderá ocorrer quando, a partir das características individuais dos membros do grupo, e por meio da seleção de indivíduos com características comportamentais distintas, se forme um grupo de aprendizagem, ou seja, uma Organização de Aprendizagem mais eficiente, e consequentemente, uma organização de sucesso. Para verificar esta hipótese, a pesquisa envolveu uma equipe extracurricular da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – FEG-UNESP. A escolha se justifica no fato de que a cada ano esta equipe recrutar novos integrantes, escolhidos a partir de um processo seletivo interno à faculdade. Utilizamos este fato para analisar as características individuais de cada integrante da equipe, e verificar se há uma heterogeneidade de características comportamentais entre os indivíduos, formando um grupo equilibrado.
Para fins de estudo, usou-se um questionário online (disponível no site inspira.org) baseado no MBTI – Modelo de Preferências Pessoais