Borderline
De acordo com o DSM-IV-TR (2002, apud TANESI et al., 2007, p. 71) o transtorno de personalidade Borderline é caracterizado “como um padrão global de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, da auto-imagem e dos afetos, e acentuada impulsividade que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos”.
De acordo com Dal’Pizol et al. (2003, p.42) o termo borderline foi inicialmente usado para identificar pacientes que evocavam fortes reações de contratransferência em seus terapeutas e que pareciam regredir na ausência das estruturas externas que eles tentavam evitar. Foram descritos pela primeira vez por Stern (in Kernberg, 1995), que os identificou no exercício da psicoterapia, e posteriormente por Robert Knight, que os identificou em pacientes hospitalizados. O interesse nesses pacientes aumentou no final da década de 60, quando Kernberg e James Masterson sugeriram que eles podiam ser curados por psicoterapia intensiva de longo prazo ou tratamento hospitalar. Ainda de acordo com Dal’Pizol et al. (2003, p.42) o transtorno de personalidade Borderline ocorre em 2 a 3% da população geral, e é de longe o transtorno de personalidade mais comum. Entre os pacientes psiquiátricos estima se que ocorra em 11% das populações não hospitalizadas, 19% das populações hospitalizadas e 27 a 63% das populações clínicas com transtorno de personalidade.
Conforme o DSM IV (APA, 1995 apud SOUSA, 2003, p. 122-123) para ser considerado o diagnóstico de transtorno de personalidade Borderline o indivíduo deve preencher “cinco ou mais” dos critérios listados abaixo:
Esforços para evitar um abandono real ou imaginário são pessoas intolerantes à solidão;
Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, em que a pessoa alterna entre extremos de idealização e desvalorização;
Perturbação da identidade – instabilidade constante da auto-imagem ou do sentimento do “eu”;