Bombas de fusão nuclear
Isótopo
Isótopos são átomos de um elemento químico que possuem, em seu núcleo, um número de nêutrons diferente do elemento original. Assim, o urânio tem uma massa atômica 238, sendo o seu isótopo o U-235 - o que significa que em seu núcleo possui três nêutrons a menos.
Bomba de fusão
A fusão significa a união de dois ou mais núcleos, resultando em um novo elemento mais pesado. Quando isso acontece, o novo elemento formado é mais estável, daí a grande liberação de energia. Quando dois isótopos de hidrogênio se fundem formam um átomo de hélio. Esta reação é a responsável pela energia do Sol e das maiorias das estrelas. Dá para imaginar a sua potência, não é? Para o início de uma reação como essa, necessita-se de altas pressões e altas temperaturas. No Sol, isso é conseguido pela enorme massa dele mesmo, que provoca altíssimas pressões, e pela continuidade das reações de fusão. Na bomba H, essas pressões e temperaturas são obtidas com a detonação de uma bomba de fissão, que é o detonador. A bomba de hidrogênio é mil vezes mais potente que a de urânio. As bombas de fusão nuclear, geralmente mais designadas por bombas de hidrogénio, ou "bomba-H", são bombas termonucleares que conseguem ser até 750 vezes mais potentes do que qualquer bomba de fissão nuclear nuclear. Baseiam-se na chamada fusão nuclear, onde os núcleos leves de átomos de hidrogénio e hélio combinam-se para formar elementos mais pesados, libertando neste processo enormes quantidades de energia. As bombas que utilizam a fusão denominam-se bombas termonucleares, pois a fusão requer uma temperatura muito elevada para que a sua reação em cadeia ocorra. A bomba de fusão nuclear é considerada a maior força destrutiva já criada pelo homem, embora nunca tenha sido usada em uma guerra. Oficialmente, a mais poderosa bomba de fusão nuclear já testada atingiu o poder de destruição de 57 Megatons - conhecida como Tsar Bomba - num teste realizado pela URSS em outubro de 1961.