bombas atomicas lançadas no Japão
Mais uma vez, os norte-americanos batizaram-na com ironia: "fat man" (homem gordo). A bomba matou cerca de 70 mil pessoas e deixou 25 mil feridas. Segundo historiadores norte-americanos, o alto-comando dos Estados Unidos ameaçou atacar Tóquio caso o Japão não se rendesse. A destruição que um ataque nuclear causaria numa das maiores cidades do mundo seria incalculável.
A devastação causada em Hiroshima três dias antes não foi suficiente para convencer o Conselho de Guerra japonês a aceitar a exigência da Conferência de Potsdam de rendição incondicional. Os Estados Unidos já haviam planejado, unilateralmente e sem o conhecimento prévio dos Aliados, o lançamento de uma segunda bomba atômica. Ela estava programada inicialmente para 11 de agosto, mas o mau tempo previsto para essa data antecipou o lançamento para 9 de agosto.
À 01h56, um bombardeiro B-29, especialmente adaptado, batizado de "Bock's Car", com o seu habitual piloto no manche, Frederick Bock, levantou voo da ilha Tinian sob as ordens do major Charles W. Sweeney. Nagasaki era um importante centro de construção naval, um alvo, a juízo das autoridades militares norte-americanas, apropriado para ser destruído. A bomba foi lançada às 11h02 sobre a cidade e desencadeou uma energia equivalente a 22 mil toneladas de dinamite. As colinas que cercavam a cidade serviram para conter parcialmente a força destrutiva da bomba, mas o número estimado de mortos, quase instantaneamente, foi algo entre 60 e 80 mil pessoas. O número exato se tornou impossível de quantificar, pois a explosão desfigurou corpos e desintegrou os registros.
O general Leslie R. Groves, responsável pela organização do projeto produziu a explosão nuclear, chegou a alegar que outra bomba atômica estava disponível contra o Japão. A operação só não teria