Bolívar

725 palavras 3 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA AMÉRICA II

Tema: “A nação liberal e a escravidão na América do século XIX - Simón Bolívar” Na América Latina, a luta pela independência está no cerne do surgimento da nação, entendida aqui no seu sentido imaginado, como apontado por Benedict Anderson, definida como uma construção histórica em que se sintetizam elementos como língua, etnia, e até mesmo, arranjos políticos. Sendo assim, pode-se dizer que o nacionalismo não é único, uma vez que é feito e refeito diversas vezes. Em grande parte dos exemplos latino –americanos , os nacionalismos nasceram como uma característica das classes mais altas, difundindo-se para as demais classes anos depois. O objetivo deste trabalho será pensar como a ideia de modernidade do Estado, de um discurso liberal, nessas regiões americanas, será conjugada com a prática da escravidão. Para tanto, serão utilizados o decreto de liberdade aos escravos, redigido por Simon Bolívar no ano de 1816 e também a Representação à Assembleia Constituinte e Geral do Império Brasil de 1823, escrita por José Bonifácio. Normalmente, a temática vinculada ao tema venezuelano diz respeito à união continental bem como à independência, sendo a escravidão um tema pouco associado à imagem de Bolívar. Outra consideração importante a se fazer é que uma leitura liberal atual de um documento passado pode trazer conclusões precipitadas e equivocadas. Sobre isso, é comum associar a Revolução Francesa, e a vitória dos ideais burgueses a um espraiamento homogêneo do liberalismo. Maria de Fátima Gouvêa, no seu texto “Revoluções e Independências”, aborda que esse tipo de historiografia liberal se baseia em um conjunto de causas gerais que seriam responsabilizadas pela definição dos acontecimentos, que perderiam ,assim, as principais especificidades de caráter local. Ou seja, seria a preponderância do Iluminismo, que faria as elites locais optarem de forma basicamente unívoca pela ruptura do vínculo

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