Bolsa familia
O que realmente impressiona é que outros programas de transferência de renda e subsídios implícitos ou explícitos, com custos muito mais elevados do que os R$ 16 bilhões anuais do Bolsa Família, não recebam as mesmas críticas. Por exemplo, o Bolsa Empresário – diferença entre o custo de financiamento do Tesouro Nacional e as taxas dos empréstimos do BNDES – custará R$ 18 bilhões em 2011. O Bolsa Exportador – diferença entre a remuneração das reservas internacionais e o custo de financiamento da dívida pública – custará mais de R$ 60 bilhões. O Bolsa Aposentado custará mais de R$ 90 bilhões – o déficit de nosso sistema de previdência.
Você deve estar pensando “só eu não ganho o meu”. É muito provável que ganhe, sim. Há, por exemplo, o Bolsa Idoso e o Bolsa Estudante, conhecidos popularmente como Lei da Meia-Entrada, que faz com que todos os demais paguem ingressos mais caros para que estudantes e idosos paguem menos. Há ainda o Bolsa Mulher, a lei que permite que mulheres se aposentem cinco anos antes dos homens; o Bolsa Rural, com linhas de créditos subsidiadas para o setor; o Bolsa Banqueiro, abençoado pelas nossas taxas de juros elevadíssimas para cobrir as enormes necessidades de financiamento do setor público; o Bolsa Funcionário Público, devido a salários superiores aos praticados pela inciativa privada para as mesmas funções e às aposentadorias privilegiadas; o Bolsa Universitário, para os estudantes de universidades públicas gratuitas. Não nos esqueçamos do Bolsa Corrupto, recursos do inchado erário