boletim
Inicialmente, apresenta um pouco de teoria do design através de uma metodologia de projeto bem funcionalista, apresenta o que é um problema, como deve ser encarado e uma ficha de análise bem abrangente. Outras coisas interessantes, como os diferentes tipos de desenhos e a função de cada um deles, complementam essa parte. O autor compara um projeto de design a um processo de preparo de um prato na culinária. Segundo o próprio autor, “o método de projeto não é mais do que uma série de operações necessárias, dispostas em ordem lógica, ditada pela experiência”. (MUNARI, 1981).
Uma crítica que faço, ainda sobre a primeira parte, é sobre o capítulo “Em que setores se encontram problemas de design’”. Nele, aparentemente Munari tem a intenção de mostrar a grande abrangência do design, mas, pelo contrário, acabou gerando um documento datado, sendo que o próprio autor defende muito o conceito de atemporalidade no design. Com o passar do tempo, novos produtos, necessidades e tecnologias vão aparecendo e o fato de listar o que é design é uma tarefa muito complicada.
Na segunda parte, o autor analisa muitos casos que formam a parte mais volumosa do livro. São casos realmente interessantes, de diversas áreas do design e que servem até mesmo para que o próprio leitor questione os processos e as soluções finais. Destaque para o capítulo “Os pré-livros” (análise de projeto do próprio Munari) que, sendo um projeto direcionado ao público infantil, foi necessário aplicar os conceitos de funcionalidade através de uma nova perspectiva.
Entrando na terceira parte, reaproveitamento, percepção, biônica, proxêmica, ergonomia, iluminação e moldes, são assuntos que aparecem em capítulos (praticamente com estes mesmos nomes) trazendo informações indispensáveis aos leitores. Para os designers, estas são questões que envolvem conceitos, técnicas e processos básicos, importantes no