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Estudo de Caso: Contaminação por chumbo em reformadora e fábrica de baterias
Gilmar, paulista, 45 anos, casado com dois filhos (3 e 6 anos). Procura o centro de saúde com queixa de dores de cabeça agudas paralisia motora, dores articulares principalmente em membros inferiores, sensação de cansaço, distúrbios do sono, ansiedade, labilidade emocional (irritabilidade), neurite ótica, comportamentos e distúrbios mentais neuropatia periférica motora (rara), perda de apetite às vezes acompanhada de diarréia, prisão de ventre, gosto metálico e cólica abdominal. E relatou que há mais de 18 anos trabalha na reforma de baterias desmontando as baterias velhas, fabricando grades, varetas, conexões através de sistemas de soldagem em altas temperaturas a 500 C. O trabalhador relatou que faz a moagem da pasta de óxido de chumbo e a seguir o empastamento das placas da bateria e seguida de sua soldagem e assim termina a montagem da bateria que esta pronta para ser comercializada.
Nota sobre o chumbo
O chumbo é um dos contaminantes ambientais mais comuns, possuindo efeitos extremamente tóxicos. É um metal cumulativo e a sua entrada no organismo humano se dá, principalmente, pelas vias respiratórias e gastrointestinal. A absorção do chumbo de fontes ambientais depende da concentração do metal, da rota de entrada, do estado físico e químico sob o qual se apresenta e, ainda, é influenciada por idade, estado fisiológico, condições nutricionais e fatores genéticos. A deficiência de nutrientes, como cálcio, ferro, fósforo e proteínas, aumentam a absorção do chumbo pelo organismo. Esse metal afeta praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo humano, causando danos crônicos, tais como os hematológicos e neurológicos, em níveis antes considerados seguros. Nos países em desenvolvimento, as reformadoras de baterias são uma das principais fontes de emissão estacionária de chumbo, contaminando o ambiente, as populações e suas residências, devido à presença de chumbo no ar da unidade de