A formação da sociologia se deu a partir do antagonismo que existia na sociedade capitalista. Vários conservadores consideravam as crenças iluministas como aniquiladoras da propriedade, da religião e da própria vida. Na visão desses conservadores, a sociedade estava em declínio. Alguns positivistas iniciaram o trabalho com o propósito de revisar uma série de idéias dos conservadores, com o objetivo de defender os interesses dominantes. Saint- Simon (1760-1825) é considerado um dos fundadores do positivismo e acredita que o progresso da economia iria contribuir para a ordem social. Ele pretendia satisfazer todas as necessidades humanas e constituía a única fonte de riqueza e prosperidade. Também acreditava que o progresso da economia acabaria com os conflitos existentes na sociedade. Não ocultou de forma alguma a sua crença, de que as melhorias na vida dos trabalhadores deveriam ser iniciativa da elite. A partir daí, Engels observou nas idéias de Saint-Simon, o renascer de futuras idéias socialistas. August Comte (1798-1857), pensador menos original, foi secretário de Simon durante certo período e deve suas principais idéias a ele. Ele achava que era necessário restabelecer a ordem juntamente com o progresso para construir uma sociedade mais equilibrada, criando um conjunto de crenças comuns a todos os homens. Para Comte, o coroamento da evolução do conhecimento científico era constituído em várias áreas do saber e considerava um dos pontos altos de sua sociologia a reconciliação entre a ordem e o progresso. Também para Durkheim (1858-1917), a questão da ordem social seria uma preocupação constante e ocupou-se em estabelecer o objeto de estudo da sociologia, assim como indicar o seu método de investigação. Foi através dele que a sociologia penetrou a Universidade, conferindo a essa disciplina o seu reconhecimento acadêmico. Ele acreditava que a raiz dos problemas de seu tempo não era de natureza econômica e sim certa fragilidade da moral da época