Bixa Orellana
EXPERIMENTAIS DE QUÍMICA ORGÂNICA
Charllyton Luis S. da Costa e Mariana H. Chaves*
Departamento de Química, Centro de Ciência da Natureza, Universidade Federal do Piauí, 64049-550 Teresina - PI
Recebido em 1/10/03; aceito em 19/5/04; publicado na web em 9/9/04
Educação
Quim. Nova, Vol. 28, No. 1, 149-152, 2005
EXTRACTION OF PIGMENTS FROM SEEDS OF Bixa orellana L.: AN ALTERNATIVE FOR EXPERIMENTAL COURSES
IN ORGANIC CHEMISTRY. This paper describes methodologies for the extraction and characterization by TLC, UV-VIS, IR and
NMR of bixin from Bixa orellana L. (urucum) seeds. Based on the results, the extraction with NaOH 5% is the fastest, uses lowcost materials, requires two to four laboratory hours and is a useful alternative for an experimental Organic Chemistry discipline.
Keywords: Bixa orellana; bixin; urucum.
INTRODUÇÃO
O uso de aditivos com a intenção de tornar os alimentos visualmente mais atraentes, seja na indústria alimentícia ou no uso doméstico cotidiano, é bastante comum. O corante extraído do pericarpo das sementes de urucum (Bixa orellana L.), um arbusto nativo do
Brasil e de outras regiões tropicais do planeta, recebe a denominação internacional de annatto (E160b)1,2 sendo largamente utilizado em várias partes do mundo em escala industrial, por conferir coloração atraente a uma extensa gama de produtos manufaturados3.
O annatto (anato) é uma mistura de pigmentos de coloração amarelo-alaranjada em conseqüência da presença de vários carotenóides, com predominância absoluta de um atípico, conhecido como bixina. Os maiores produtores mundiais de anato são Peru, Brasil e
Quênia1,2.
No Brasil, além do amplo emprego na indústria, a preparação comercial contendo 0,20-0,25% de bixina é conhecida como colorau, componente indissociável de inúmeros pratos da culinária brasileira. Este é produzido a partir das sementes de urucum, previamente