Bioética
"Estudo sistemático da conduta humana no âmbito das ciências da vida e da saúde considerada à luz de valores e de princípios morais." (Encycopedia of Bioethics,1978)
Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais - incluindo visão moral, decisões, conduta e políticas - das ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar.
Bioética refere-se, normalmente, a questões éticas que vêm aparecendo com o avançar das ciências da vida. Descartes, ao dizer que o corpo humano era uma máquina como qualquer outra, deu um importante passo para a consolidação da medicina e da biologia enquanto "ciências exatas". E com a exatidão, aparecem novidades tecnológicas capazes de interferir nos aspectos mais profundos e essenciais da vida, como nossa herança ancestral e até mesmo as sensações íntimas. Assim, em 1971, o termo aparece pela primeira vez no livro "Bioética: Ponte para o Futuro", de Van Rensselaer Potter, da seguinte maneira: “Eu proponho o termo Bioética como forma de enfatizar os dois componentes mais importantes para se atingir uma nova sabedoria, que é tão desesperadamente necessária: conhecimentos biológicos e valores humanos.”
Podemos dizer que há pelo menos três motivos para as pessoas adicionarem o prefixo "bio" ao já controverso conceito de "ética".
1- A bioética seria um "sub-ramo da ética", buscando re-significar as velhas questões humanas a partir dos fatos novos produzidos pela genética e biotecnologia (clonagem, transgênicos, suplementos hormonais, próteses, células-tronco, interfaces neurais, etc). Na verdade, se abandonarmos a metáfora da "árvore do conhecimento" e seus "sub-ramos", chegaremos à conclusão de que bioética é, na verdade, ética - num mundo cheio de "novidades biológicas".
2- A bioética também pode ser considerada um novo tipo de ética, não mais focada exclusivamente nos seres humanos, e sim abrangendo toda a vida na terra. Assim, se o "certo" pra mim é comer