Biotério apostila
Organização: Fabienne Petitinga de Paiva Vitor Valério Maffili Ana Carla Sampaio Santos
Salvador - BA Maio - 2005
1. Introdução A pesquisa cientifica contribui com ponderável parcela para o bem estar do homem e dos animais, entretanto, os conhecimentos da biologia nem sempre podem ser obtidos somente pela observação e pelo registro daquilo que normalmente acontece e, por isso, a experimentação cientifica é absolutamente necessária para que o ciclo do conhecimento se complete e se renove. O uso de animais com objetivos científicos é uma pratica comum, mas para que seja moralmente aceitável e apresente resultados confiáveis, é fundamental ter-se a consciência de que o animal, como ser vivo, possui hábitos de vida próprios da sua espécie, apresenta memória, preserva o instinto de sobrevivência e é sensível a angustia e à dor, razões que preconizam posturas éticas em todos os momentos do desenvolvimento dos estudos com animais de experimentação. Não é de hoje que a preocupação com a ética na experimentação animal, a questão dos direitos dos animais e a sua utilização em pesquisas vêm sendo discutidos. Entretanto, a controvérsia permanece até os dias atuais, não existindo consenso quanto a posição que os animais ocupam em relação aos humanos. De forma geral, o questionamento entre os defensores e os contrários à utilização dos animais se baseavam nas semelhanças e ou diferenças existentes entre nós humanos e os animais de laboratório. Por outro lado, o filósofo Jeremy Bentham em 1789, levou a discussão para outro campo, onde segundo este autor a questão não se baseava no fato de eles poderem raciocinar ou mesmo pensar e sim:
Podem eles sofrer ?
2. Cuidado com os animais, uma questão histórica O questionamento quanto à utilização de animais para as mais diversas atividades é um fato antigo, Pitágoras (582-500 aC) acreditava que a amabilidade para com todas as criaturas não-humanas era um dever. A utilização de