Biosegurança
Biossegurança e qualidade: uma necessidade de interação. Esse foi o tema da palestra realizada no dia 20 de setembro, no Auditório da Escola de Farmácia. O objetivo da palestra foi apresentar aos alunos de Iniciação Científica conceitos básicos de biossegurança, com ênfase na qualidade de biossegurança, riscos químicos e biológicos. O palestrante, Dr. Marco Antônio Ferreira da Costa, é professor do curso de Biossegurança da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e a organização do evento ficou a cargo da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa.
Alguns esclarecimentos na abertura do evento chamaram a atenção dos alunos participantes. O professor Costa jogou por terra o conceito de biossegurança que exclui, por exemplo, a área de Ciências Humanas. "O homem está no centro da Teoria da Complexidade, que diz que tudo tem a ver com tudo. No caso de acidentes, estamos expostos a fatores biológicos, físicos, químicos e psicossociais. E a maioria dos acidentes se deve a esse último fator, que propicia a exposição aos anteriores", afirmou. Para ele, o objetivo da biossegurança é reconhecer fontes de perigo, avaliar as situações de risco que essa fonte oferece e controlá-la, tomando decisões técnicas e/ou administrativas para promover mudanças.
Mas, segundo o professor Costa, a biossegurança não tem uma base filosófica que a sustente. E, no caso do Brasil, esse conceito foi importado, mas não foi adequado à realidade nacional. "Vivemos no país que possui o maior número de leis de biossegurança. São leis para laboratórios, controle de emissão de ruídos, uso de eletricidade, entre outras. Mas nem sempre são respeitadas." O professor Costa disse que, ao trabalhar com o conceito de biossegurança, é preciso ter em mente que se trabalha com o ser humano, e apresentou três tipos de pessoas e suas reações em ambientes de trabalho. O tipo do Reino Mineral é aquele