Biologo
Autor: Belani, Henrique Guimarães
Resumo: Os vinhos finos produzidos no Estado de Santa Catarina nas regiões de altitude superior a 900 metros ganharam destaque na última década por sua elevada qualidade decorrente da maturação fenólica completa, garantindo vinhos com intensa coloração, definição aromática e equilíbrio gustativo. Em 2006, foi firmado um convênio entre a Epagri, a Universidade Federal de Santa Catarina e o Istituto San Michelle all'Adige, da Província de Trento na Itália e iniciado o Projeto "Tecnologias desenvolvimento da vitivinicultura catarinense". Foram implantadas 4 unidades de pesquisa nas regiões de altitude do Estado com 36 variedades para a produção de vinhos finos. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento vitícola e enológico da variedade Prosecco, em diferentes regiões de altitude do Estado durante o ciclo 2010/11. O experimento foi instalado em 4 vinhedos: Campos Novos (27º19'83"S e 50º49'18"W, 973 metros); Tangará (27º12'24"S e 51º06'96"W, 1059 metros); Água Doce (26º43'92"S e 51º30'72"W, 1350 metros); São Joaquim (28°16'30"S e 49°56'13"W, 1402 metros). As plantas têm espaçamento 3,0 x 1,5 metros, conduzidas em espaldeira e podadas em duplo cordão esporonado. Foram avaliados seus parâmetros fenológicos com as datas desde a colheita até a poda, a duração em dias entre a brotação e a colheita e seus sub-períodos, com seus respectivos somatórios térmicos em Graus Dia para cada localidade. No momento da colheita foram avaliados seus índices produtivos, sua maturação tecnológica com os índices de SST (ºBrix), ATT (Meq L ¯¹) e pH e a maturação fenólica com as concentrações de polifenóis totais (Mg L¯¹). Em São Joaquim ocorreu a brotação mais precoce e a colheita mais tardia, sendo tal período mais curto, em dias, conforme a altitude diminuía. O acúmulo de sólidos solúveis totais foi mais