biologia

Moradores de rua geralmente são pessoas que não possuem mais documentos, trabalho formal ou moradia fixa. Também, se encontram com vínculos familiares e sociais muitas vezes rompidos, o que as conduzem a um estado de crescente degradação e vulnerabilidade. Mesmo que no Brasil existam soluções informais para se enfrentar os problemas da falta de moradia, um grande número de pessoas acabam nas ruas devido à falta de políticas públicas de apoio. (VARANDA; ADORNO, 2004). O acolhimento desses indivíduos é essencial, uma vez que o ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão. A partir desse ato de acolhimento os moradores de rua são passíveis ao desenvolvimento de ações de educação e promoção em saúde. (VIEIRA et al., 2011). Uma revisão dos estudos epidemiológicos das parasitoses intestinais no Brasil detecta que o número de infectados ainda continua grande, levando em consideração pesquisas realizadas na década de 1950 com números de positividade variando de 78,2 a 99,4%, consequentemente pesquisas realizadas na década de 1980, demonstram taxas ainda elevadas, oscilando entre 20,2 a 98,0%, dependendo do estado. (TEIXEIRA et al, 2001). No inicio dos anos 90 foi realizado uma pesquisa em Salvador, capital baiana onde se mostrou os incríveis 87,2% de positividade. E por fim, estudos realizados nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro entre os anos de 1999 a 2001 revelaram taxas de prevalência próximas a 52,0%. Resultados relativamente altos, por se ter uma política de conscientização à prevenção e diminuição dessas parasitoses, aplicada desde 1950. (PAGLIA; MACEDO, 2007).
Um levantamento da prevalência de parasitoses intestinais na população de moradores de rua pode relatar não somente as deficiências na qualidade de atendimento à saúde e condições sociais dos mesmos, mas também indicar a necessidade da implantação de programas de controle desses parasitas,