Biologia

Albinismo é uma anormalidade de caráter genético relacionada ao bloqueio da síntese de melanina e que pode acometer tanto seres humanos quanto animais. Por ser de caráter recessivo, ao fazer o cruzamento de um albino com um normal, os filhos serão heterozigotos e portadores desta anomalia.
Segundo Walter (1938), no mínimo três genes recessivos podem ser responsabilizados por tal defeito metabólico sendo que um é ligado ao sexo e os outros são autossomais. O que é ligado ao sexo está localizado no cromossomo x e bloqueia a síntese de melanina nos olhos (albinismo ocular). Os outros dois genes recessivos, bloqueiam a produção de melanina na pele, pelos, penas e olhos (albinismo óculo-cutâneo).
Temos vários relatos de diferentes espécies albinas: Exemplar albino de veado matreiro na Mata Atlântica, Paraná; um veado campeiro albino no Pantanal; indivíduos totalmente brancos entre os vários grupos de macaco prego as margens do Rio Negro, Amazonas; Cutia albina no zoológico de Recife; Girafa albina no parque Tangiro, na Tanzânia; alguns crocodilos dos pântanos de Nova Orleans, US, com pele branca e olhos azuis.
Em setembro de 1992, foi capturado na Serra do Mar, no município de São Jose dos Pinhais, um exemplar albino, recém nascido de Tayassu tajacu (com a pele branca e olhos azulados). O animal foi vendido a um casal que o alimentou com leite de vaca na mamadeira até ele ter condições de receber comida sólida, chegando a vida adulta em perfeitas condições.
Ser albino é apresentar um fenótipo diferente. Para os seres humanos ser diferente na maioria das vezes gera algum tipo de constrangimento e até descriminação. Nem todos conseguem ser aceitos com as suas peculiaridades. Entre os animais, às vezes não é diferente. A cutia albina introduzida num grupo de cutias normais, no zoológico de Recife,sofreu fortes rejeições por ser diferente e morreu logo em seguida. Já em relação ao exemplar albino de Tayassu tajacu, se ele não fosse tão diferente, de olhos azuis e pele