Biologia Reprodutiva dos Peixes
Melissa Lemos dos Santos
Graduanda no Bacharelado em Ciência e Tecnologia na Universidade Federal do ABC
Introdução No sub-filo Vertebrata encontramos um grupo parafilético denominado “Peixes”. O monofiletismo do grupo só poderia ser aceito se o grupo pudesse incluir os Tetrápodas. Os “Peixes” são animais aquáticos, com corpo fusiforme, presença de nadadeiras (ausentes nos grupos mais basais), ectotérmicos, respiração branquial (em grande parte dos grupos, porém apresenta respiração pulmonar nos Dpinoi) e presença de maxilas (ausente nos grupos mais basais). Em sua maioria são dióicos, e podem apresentar características ovíparas, vivíparas e ovovíparas. As características reprodutivas podem mudar de acordo com grupos e espécies. Para a melhor compreensão de seus processos reprodutivos, o estudo individual de cada grande grupo contribui para o estabelecimento de sinapomorfias dos grupos e também para a identificação de novidades evolutivas.[1]
Biologia Reprodutiva dos “Peixes” Os “Peixes” representam um grupo muito grande e extremamente diverso, para melhor entendermos as diferenças reprodutivas existentes no grupo iremos separá-lo em grandes grupos (com representantes viventes), no qual poderemos discutir com mais singularidade suas características reprodutivas presentes nos mesmos.
1. “Agnatos” Atuais Os “agnatos” atuais (agnathostomata = ausência de maxilas) são representados por dois representantes viventes – Myxinoidea (Feiticeiras) e Petromyzontoidea (Lampréias).
Pouco se sabe em relação a biologia reprodutiva das Feiticeiras, porém sabe-se através de exames nas gônadas das feiticeiras que ao menos algumas espécies são hermafroditas, mas nada se conhece a respeito do acasalamento. As feiticeiras são ovíparas e apresentam desenvolvimento direto.[2] A maioria das Lampréias são anádromas, ou seja, vivem como adultos em oceanos ou grandes lagos e reproduzem-sem em água doce. As