Biografia de jean piaget
Filho de Arthur Piaget, professor de língua[->0] e literatura[->1] medievais, e de Rebecca Suzane, uma das primeiras socialistas[->2] suíças, Piaget vive sua infância e adolescência em Neuchâtel onde, aos onze anos de idade (1907), publica o primeiro relato sobre um pardal albino.[3] [4] Nesse mesmo ano, torna-se auxiliar de Paul Godet, especialista em malacologia[->3] e diretor do Museu de História Natural da cidade.[1] Aos catorze anos, o jovem Piaget ingressa no "Clube dos Amigos da Natureza[nota 2] e em 1911 escreve os primeiros artigos sobre "taxionomia[->4] malacológica" para revistas especializadas. [5]
Influenciado por sua mãe, Piaget frequenta a Igreja Independente de Neuchâtel (protestante) no mesmo ano em que inicia a leitura da obra de Henri Bergson[->5], que o influenciou de maneira duradoura, e é envolvido por leituras variadas de filosofia e psicologia. Assiste às aulas de lógica, metodologia científica e psicologia. Confuso, Piaget vive um momento que opõe religião e ciência e se vê impelido a escolher: "(...)a fé[->6] ou o conhecimento[->7]?".
Na filosofia de Bergson, busca um caminho possível para o conhecimento científico[->8] e a análise crítica da origem do conhecimento e descobre a epistemologia[->9].[5]
Em um contexto de guerra[->10] (1915), Piaget conclui os estudos secundários, ingressa na Faculdade de Ciências da Universidade de Neuchâtel e publica A Missão da Ideia. Filia-se à Federação Socialista Cristã, em 1917. Em 1918, obtém o bacharelado[->11] em ciências naturais[->12] para, em seguida, finalizar a sua tese: Introdução à Malacologia da Região do Valais. [1]
Entre 1915 e 1917, problemas de saúde o obrigam a estadias em Leysin[->13]. Piaget retoma, então, o dilema entre ciência e fé e, em 1918, escreve o romance filosófico e autobiográfico: Recherche - ("expressão que em frances tem um duplo sentido - "busca" e "pesquisa").[1]
Nesse período, Piaget busca uma formação em psicologia e vai para Zurique[->14]. Lá,