BIOGRAFIA DE FREUD
B. F. SKINNER
Em 1913 John B. Watson publicou seu famoso manifesto: o objeto de estudo da psicologia é o comportamento. É fácil esquecer o quão radical essa frase deve ter soado na ocasião. A psicologia sempre tinha sido a ciência da vida mental, vida essa que devia ser estudada através da introspecção, um processo de auto-exame emprestado dos filósofos, que a vinham usando por mais de dois mil anos. Dizia-se que as pessoas comportavam-se desta ou daquela maneira por causa do que sentiam ou pensavam. Consequentemente, sentimentos e pensamentos eram as coisas a serem estudadas. Se às vezes os animais se comportavam aproximadamente da mesma forma que as pessoas, era porque provavelmente tinham sentimentos e algum tipo de vida mental, muito embora não estivessem cientes disso.
Em setenta e cinco anos houve uma grande mudança. A introspecção retornou aos filósofos. Já não há “observadores treinados” na tradição wundtiana, e os psicólogos cognitivistas já não observam os processos mentais de que falam. Os processos são hipóteses a serem confirmadas, tanto por inferências feitas a partir do comportamento que dizem explicar, quanto por um diferente tipo de observação, a do sistema nervoso.
Enquanto isso apareceram duas promissoras ciências do comportamento. A etologia é uma delas. O comportamento dos animais num ambiente natural já não é explicado pela suposição de que os animais teriam sentimentos ou pensamentos, mas sim pelas contribuições que o comportamento pode ter tido para o futuro de seus genes. Na outra ciência, a análise experimental do comportamento, os animais são observados no laboratório, onde podem ser controladas muitas das condições das quais seu comportamento é função. A maior parte do comportamento é atribuída ao reforçamento operante, um tipo diferente de conseqüência seletiva atuando sobre a vida do indivíduo.
Quanto mais variáveis das quais o comportamento é função são