Biografia Camille Claudel
Camille Claudel nasceu em 8 de dezembro de 1864, 16 meses após a morte de seu irmão mais velho. A sua mãe, Sr. Louise Claudel, esperava ansiosamente por um menino, na ilusão de substituir sua perda. Em algumas biografias é mencionado que seu nome “Camille” era o mesmo do seu irmão, já que esse nome, na França, era denominado para ambos os sexos. Dois anos após o nascimento de Camille, nasceu sua irmã, com o mesmo nome da mãe. Mais dois anos se passaram e nasceu Paul, seu irmão mais novo, por quem criou um laço forte, tornando-se seu companheiro inseparável.
Vítima das Paixões Camille cresceu despertando sentimentos fortes e contrastantes, mas nas imagens distintas que seu pai e sua mãe tinham dela, algo se repetia: a idéia de que tudo ela podia. Suas férias em Villeneuve, sua cidade de origem, fez com que Camille tivesse um contato mais próximo da natureza, desenvolvendo um intimidade muito grande com as árvores, as pedras e o barro. O bosque era seu refúgio, até mesmo despistando seu companheiro Paul. Em sua busca constante por uma companhia, enquanto se distanciava das pessoas, refletia em esta sua frase: “Queria que me dessem atenção, ao mesmo tempo queria estar só, só comigo mesma”. As primeiras esculturas vistas por Camille, fora no cemitério em Villeneuve. Quando adulta, fazia constantemente a seguinte afirmação: “Há sempre algo de ausente que me atormenta”.Provavelmente parte dessa ausência fora por conta da ausência do olhar materno e do reconhecimento de sua existência. É possível que Camille tenha absorvido fortemente as tendências depressivas de sua mãe. Por conta disso, Camille se lançou fortemente ao universo masculino, onde seu pai era o principal representante. As vivências de feminilidade de um bebê com sua mãe são as responsáveis pela constituição de cerne do seu self, e consequentemente da experiência de ‘ser’. No seu caso, a primeira vivência de feminilidade foi marcada pela ausência. A