biogeografia
Sobre a arborização urbana
Com a vinda do homem do campo para as cidades, as áreas urbanas foram crescendo, muitas vezes de forma rápida e desordenada, sem um planejamento adequado de ocupação, o que ocasionou em muitos casos um problema que interfere na qualidade de vida. O surgimento da luz elétrica e a expansão da oferta dos serviços de abastecimento de água, gás, coleta de esgoto e telecomunicações trouxeram para as cidades um complexo sistema de cabos, galerias e dutos que tomam conta do ar e do subsolo, tornando o ambiente muitas vezes adverso para recepção da arborização urbana.
A rede aérea de energia passou a interferir de forma decisiva no plano de arborização da cidade. Na seqüência, com o advento da era “desenvolvimentista” e a explosão imobiliária na década de 60, houve a perda dos jardins privados e a impermeabilização do solo. Com isso, o patrimônio das áreas verdes das cidades ficou cada vez mais restrito à arborização de ruas, praças, parques e maciços florestais.1 O solo responsável pelo suporte físico das árvores e também pelo substrato nutritivo do qual depende seu desenvolvimento, mostra-se com baixa fertilidade e compactado devido à movimentação de terra para os loteamentos e pavimentação, o que não permite o escoamento das águas. Resíduos sólidos, despejos residenciais e industriais também poluem e comprometem a qualidade do solo urbano.
Por sua vez a vegetação possui um papel fundamental, evitando as ilhas de calor, o deserto biológico, o desconforto ambiental, restabelecendo a relação entre o meio natural e o homem, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao homem.
Sobre a formação vegetal do Embu das Artes
Embu está localizado em um domínio morfoclimático da Mata Atlântica, um complexo de formações vegetais onde, predominantemente, a distribuição de umidade das massas de ar e as