Biogeografia de mamíferos marinhos
Dois grandes processos históricos influenciaram a distribuição geográfica das espécies: dispersão (movimento de uma espécie para uma área) e vicariância (formação de uma barreira que divide a área ocupada por uma espécie). Um cladograma de área pode mostrar as relações filogenéticas entre espécies que habitem áreas diferentes. Se a distribuição geográfica das espécies for determinada principalmente por eventos vicariantes então o cladograma de área de um taxon deverá ser similar à história geológica da área ocupada. Filogenias já foram utilizadas para se estudar a biogeografia de relações hospedeiro-parasita (p.ex. nematódeos e focídeos) e a evolução e biogeografia da ecologia alimentar de peixes-boi.
Para os pinípedes, a biogeografia histórica sugere alguns padrões. Os estágios iniciais da evolução dos odobenídeos se deu no Pacífico Norte. De lá as linhagens das morsas modernas entraram no Caribe a partir do Pacífico através da Passagem da América
Central (5 a 8 Maa) e se dispersaram para o Atlântico Norte. Para os otarídeos a evolução ocorreu principalmente no Pacífico Norte e os lobos- e leões-marinhos se dispersaram para o hemisfério sul a aproximadamente 6 Maa. Já para os focídeos sua história evolutiva se iniciou no Atlântico Norte. Se formos aceitar a monofilia dos pinípedes precisa-se supor que um ancestral comum dos focídeos tenha migrado para essa área através da Passagem da
América Central. Deteriorações climáticas teriam resultado em uma