Biodiversidade
Os grandes naturalistas do século XIX – Darwin, Bates,
Wallace e outros – descobriram nos trópicos espécies desconhecidas dos cientistas europeus. Estas espécies tinham formas e hábitos incomuns. Wallace constatou que nos trópicos a diversidade das comunidades é muito alta.
Estima-se que existam cerca de 2 milhões de espécies conhecidas em todo mundo.
Baseados nas taxas de descoberta de novas espécies de insetos e outras formas de vida, estima-se que entre 10 e 30 milhões de espécies de animais e plantas podem habitar a Terra, a maioria em florestas tropicais.
O número de espécies de animais, plantas e micróbios aumenta marcadamente em direção à região equatorial.
Por que existem mais espécies em direção ao equador e menor em direção aos pólos? Há diversas teorias com hipóteses que tentam explicar este fato.
Teorias sobre a gradiente latitudinal
2) Hipótese do tempo - existem evidências de que ambientes tropicais são os mais antigos da biosfera e, portanto, as espécies destes locais tiveram mais tempo para evoluir.
Exemplo: Lago Baikal (muito antigo) na Sibéria tem 580 espécies de invertebrados bentônicos e o Great Slave Lake
(recente) no Canadá tem 4 espécies. Ambos lagos na mesma faixa de latitude e com grandes dimensões.
2) Hipótese espacial - segundo MacArthur existem as diversidades α (local) e β (regional)
Hábitats muito variáveis e heterogêneos favorecem o aumento da diversidade, uma vez que oferecem maiores combinações de micro-hábitats e de nichos ecológicos.
Nos trópicos os ecossistemas apresentam grande diversidade de hábitats, de formas de vida e de endemismo. Ex.: no
Cerrado cupinzeiro oferece inúmeras de abrigo e alimentação para diferentes invertebrados e vertebrados.
3) Hipótese da competição - segundo Dobzhansky nos trópicos há maior competição entre os organismos, o que induziria a especialização no uso dos recursos disponíveis e, por conseguinte, maior número de nichos, chances de interações coevolutivas e muitas adaptações