BIM: um novo paradigma na academia e no mundo do trabalho
Gilda Lucia Bakker Batista de Menezes1
1
Mestre em Engenharia, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFRN, graduada em Engenharia Civil pela UFRN, Professora do IFRN
– Campus Natal Central – DIACON. e-mail: gilda.menezes@ifrn.edu.br
Resumo: A utilização do BIM atinge diretamente os cursos superiores de Arquitetura e Engenharias.
Entretanto, a sua utilização plena ocasiona tamanhas mudanças nas relações entre as equipes de trabalho, que o assunto vai para além das áreas Tecnológica e das Ciências Exatas, aportando nas
Ciências Humanas e despertando o interesse de pesquisadores de setores como a Educação e a
Psicologia. Neste artigo é apresentada a evolução histórica desta plataforma, tendo como pontos de análise as instituições acadêmicas e o exercício da prática profissional. São identificadas as principais vantagens e dificuldades da sua utilização e implementação. Em um estudo de caso no IFRN, são analisados os primeiros passos da implantação, no tocante às mudanças metodológicas/curriculares e as consequentes implicações no mundo do trabalho para os novos profissionais.
Palavras–chave: bim, edifício virtual, mercado de trabalho
1. INTRODUÇÃO
Na década de 1970, para os projetos de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção Civil), os países desenvolvidos começaram a implantar a cultura do desenho assistido por computador
(Computer Aided Design – CAD). No Brasil, salvo raras exceções, essa prática só teve início nos anos de 1990, tanto no que se refere ao exercício da arquitetura, quanto ao seu ensino, devido à portaria
1770 do MEC, de 1994, que fixou as diretrizes curriculares e o conteúdo mínimo do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Essa introdução de ferramentas CAD, inicialmente, gerou muitas discussões, mas acabou se consolidando por agilizar enormemente a representação dos projetos. Hoje, com a chegada da modelagem da informação da construção (Building