Big Boy e Big Ben: a contracultura no rádio brasileiro
Resumo:
Este artigo procura discutir as influências da contracultura na trajetória do rádio brasileiro e, para tal, inicia um passeio que começa na década de 60 e chega à contemporaneidade. Analisa os movimentos sociais que geraram tal fenômeno em parte do mundo e de que modo estes repercutiram e foram adaptados para o rádio no Brasil; percorre os desafios enfrentados pelo meio após a instalação da televisão no país, ressaltando as estratégias criadas para sua sobrevivência e se detendo na trajetória de radialistas que, por sua ousadia, criatividade e irreverência, contribuíram para mudar as linguagens, conteúdos, formatos e a segmentação do rádio. A partir das performances criadas pelo paulista Big Boy e pelo baiano Big Ben, procura entender porque, apesar de submetidas à censura - seja ela imposta pela ditadura militar ou pelo mercado anunciante - as emissoras de rádio não só absorveram como investiram em locutores-apresentadores identificados com as tendências e práticas contraculturais. Por fim, busca pontuar as concretas contribuições da contracultura para o rádio da atualidade.
Palavras-chave: Rádio, contracultura, cultura
Abstract:
This article intends to discuss the counterculture influences in the brazilian radio trajectory and, for that, does a historical context that starts in the 1960 decade and arrives at contemporary time. Analyses the social movements that generate this so called phenomenon in certain parts of the world and in which way those reverberate and were adapted in Brazil’s radio; goes also through the challenges faced by the radio media after the early beginning of television in the country, by highlights the strategies created for its survival and looking up the broadcaster trajectory that, because of their audacity, creativity and irreverence, contributed to change the language, contents, format and the radio segmentation. Taking the performances created by