Bibliografia Linguística
BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral I. 5.ed. Trad. Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri. São Paulo: Pontes, 2005.
CÂMARA JR, Joaquim Mattoso. História da linguística. 7.ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
CHOMSKY, Noam. Novos horizontes no estudo da linguagem e da mente. Trad. Neil Smith. São Paulo: Editora da Unesp, 2002.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. 34.ed. São Paulo: Cultrix, 2012.
A TEORIA DA ENUNCIAÇÃO DE BENVENISTE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA OS ESTUDOS LINGÜÍSTICOS
Os estudos sobre a enunciação, em geral, principalmente, a teoria enunciativa proposta por Benveniste, trazem para o cenário das preocupações lingüísticas, sem desconsiderar as proposições estruturalistas anteriores, o sujeito, personagem tido como secundário pela lingüística saussuriana. Com a noção de subjetividade, outras também emergiram — as noções de sentido e contexto (referente) — que juntas possibilitaram uma nova forma de pensar a língua/linguagem.
2.1. A noção de língua/linguagem
A perspectiva de entendimento de língua de Benveniste se diferencia da de Saussure, uma vez que a vê como essencialmente social, concebida no consenso coletivo. Para o teórico da enunciação (1989, p. 63), “(...) somente a língua torna possível a sociedade. A língua constitui o que mantém juntos os homens, o fundamento de todas as relações que por seu turno fundamentam a sociedade.” O fundador da lingüística moderna pensava na língua como um código fechado em si mesmo, estruturado por signos. A forma como Benveniste pensa a língua advém do seu entendimento de signo. Considerando sua forma de significação, propõe dois planos de sentido: o semiótico e o semântico. No primeiro, que confere com o pensamento de Saussure, está o signo significando no sistema e, no segundo, há a expressão do sentido resultante da relação do signo com o contexto, ou seja, o modo de significar do enunciado (discurso). Para o autor, essa forma de significar é a língua como