Bexiga
Os cálices (menores e maiores), a pelve renal, o ureter e a bexiga têm a mesma estrutura básica, embora a parede se torne gradualmente mais espessa no sentido da bexiga. A mucosa é formada por epitélio de transição e por lâmina própria de tecido conjuntivo, que varia do frouxo ao denso.
O epitélio de transição é impermeável, sendo as células mais superficiais responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os fluidos teciduais. Nessas células a membrana plasmática em contato com a urina é especializada, apresentando placas espessas separadas por faixas de membrana mais delgada.
Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra das regiões delgadas e as placas espessas se invaginam formando vesículas fusiformes que permanecem próximas à superfície celular. Ao se encher, sua parede se distende e há transformação das vesículas em placas, que se inserem na membrana, aumentando a superfície das células. Esta membrana é sintetizada no aparelho de Golgi e é composta por cerebrosídeos.
A parte muscular é formada por camada longitudinal interna e outra circular externa. A partir da porção inferior do ureter, aparece a longitudinal externa. Tais camadas não são bem definidas. Na parte proximal da uretra, a musculatura da bexiga forma o seu esfíncter interno.
As vias urinárias são envolvidas externamente por membrana adventícia, exceto a parte superior da bexiga recoberta por serosa (peritônio).
É uma víscera oca, sendo dividida em cúpula e base ou assoalho, com limite no nível da linha entre os meatos ureterais. A cúpula é porção relativamente delgada e razoavelmente distensível, enquanto a base possui musculatura mais espessa e sofre menor distensão durante o enchimento vesical.
Na cúpula, o músculo detrusor apresenta-se em camadas pouco distinguíveis; já próximo à base, essas camadas tornam-se mais definidas. A porção mais externa tem fibras orientadas predominantemente no sentido longitudinal. A porção intermediária é composta por fibras oblíquas e