Bexiga
Assim chamado a partir de 1.792, se compunha do Largo do Bexiga, que em 1.865 passou a chamar-se Largo Riachuelo (hoje é a Praça das Bandeiras) e do Largo do Piques, hoje Largo da Memória. O antigo bairro do Bexiga começou a desaparecer, logo após o surgimento do novo Bairro do Bixiga e esse pedaço praticamente se deteriorou como comunidade e hoje é apenas local de intenso tráfego, com estacionamento de ônibus, passarelas e estação do metrô. O único vestígio é Pirâmide do Piques, ou Obelisco da Memória, que se localiza no antigo Largo do Piques, hoje Largo da Memória.
CHÁCARA DO BEXIGA
Era mata cerrada não só em 1.559, quando ainda Sesmaria do Capão, registrada em seu próprio nome por Antônio Pinto, tabelião de Santos, mas também em 1.794, quando foi vendida pelo Capitão Melchior já com o nome de Chácara do Bexiga. Inclusive no decorrer do Século XIX, a Chácara do Bexiga era mata e quase impenetrável .
Como nossa pesquisa se atém na busca da comunidade, núcleo populacional, que deu origem ao bairro, não há de nossa parte preocupação com a "descoberta" e grilagem da região, mas sim com a população que criou o novo bairro do Bixiga.
Temos recebido crítica dos que acham que o início do bairro deveria ser em 1.559 quando o tabelião de Santos, Antônio Pinto registrou a sesmaria em seu nome. Ele teria descoberto a região, a qual provavelmente sequer visitou ou em 1.794, quando recebeu o nome de Chácara do Bexiga. Porém, em nenhuma dessas datas houve estabelecimento de núcleo populacional na região. Daí serem datas importantes históricas, mas não registram o nascimento de bairro nenhum.
Temos recebido crítica dos que entendem que os primeiros habitantes da Chácara do Bexiga foram os negros, pois, os historiadores são unânimes em afirmar que o local era preferido pelos escravos fugidos. Nisto eles têm razão. Com certeza seus primeiros moradores foram os negros, que nela se refugiavam.
Eles se escondiam nas capoeiras e capinzais, que