Beurres des france
1 ORIGEM E HISTÓRIA
Apesar de ser um dos alimentos mais corriqueiros, não se conhece precisamente a origem da manteiga. Presume-se que, juntamente com a coalhada, tenha surgido ainda na pré-história, quando o homem aprendeu a criar o gado. Seu mais antigo vestígio "escrito" data de 4500 anos: sua fabricação é retratada em uma laje de calcário gravada no período sumério. No museu de Bagdá há uma cena que descreve a ordenha por funcionários de uma grande propriedade, em seguida, eles fazem a manteiga em uma "Batedeira" primitiva que é simplesmente um grande jarro contendo leite e uma pá girando da direita para a esquerda. Sabemos também que os arianos que se estabeleceram na Índia há 3300 anos desenvolveram e escreveram em sânscrito a técnica de clarificação da manteiga visando à conservação, praticado ainda hoje pelos nômades do Saara. Os nomes em português (Manteiga) e em espanhol (Manteca) parecem derivar do sânscrito - Manthaga - e foram introduzidos na Península Ibérica pelos celtas.
Na Roma antiga, a manteiga era utilizada como produto de beleza. Os gregos e os romanos utilizavam como creme para amaciar a pele, ou fazer os cabelos ficarem brilhantes. Na Idade Média, no norte da Europa, os Celtas e Vikings “amateurs de beurre”, trouxeram com eles o gosto pelas invasões assim como o gosto pela manteiga e o segredo de sua fabricação. Na França, a manteiga era a gordura dos pobres, a gordura mais acessível do que o óleo que é colhido uma vez por ano.
Desde a Renascença, a manteiga é muito apreciada pelos "bons becs" e, em 1590, você paga por um quilo de manteiga com sal um escudo Bretão. A peça de manteiga é envolta em folhas frescas e coberta com água salgada e armazenadas em potes de barro.
Na França, é somente nos anos 60 que há produção industrial generalizada, superando a produção agrícola. Os barattes en bois (batedeira manual/ à manivela) começam a desaparecer, graças à criação de "butyrateur"