Resenha filme fahrenheit 451
A produção faz uma crítica severa, repleta de metáforas a uma sociedade que ignora os livros como fonte de conhecimento e formação humana, tornando as pessoas padronizadas em todas as maneiras possíveis: moradias, formas de agir, pensar e ser, atingindo diretamente sua memória, pois assim não se lembram de se um dia foram felizes, quais experiências viveram e se sequer vivenciaram mesmo a realidade na qual se encontram.
Para tanto se apresenta logo ao inicio do filme o personagem “Montag”, um bombeiro encarregado de queimar todo e qualquer tipo de manifestação impressa tendo prioridade nas obras de autores célebres, inclusive sendo professor de outros aspirantes ao serviço, muito elogiado pelos superiores; a razão do título se estabelece na mesma proporção dos graus em que os volumes são carbonizados.
A primeira incoerência fixada neste ponto é que os bombeiros são treinados para conter incêndios e não realizá-los; na película, ao conhecer uma vizinha (mais tarde saberemos que se trata de uma professora, expulsa da escola onde lecionava por aplicar métodos contraditórios as vistas dos seus superiores) que lhe interroga sobre seu emprego e Montag diz que “as casas são a prova de incêndios”, e sua função é seguir ordens e não discuti-las.
A partir desta conversa o bombeiro inicia a internalizar o assunto, sua reflexão manifesta-se quando começa a demonstrar interesse em ler, ampliando seu olhar sobre o contexto no qual se encontrava; suas primeiras ações concretas principiam no instante no qual principia a contrariar a lei estabelecida escondendo livros em sua própria casa, costume que condena nas outras pessoas até então.
O único modo de informação é disponibilizado através do televisor, (na fita é recriada essa comunidade em uma ficção, quase uma utopia, onde há inter-relação através desta rede, porém ao ser questionado pelos criadores do programa, a esposa de Montag tem aceitas suas opiniões, no entanto, ao final do diálogo