Benevolência Budista x Caridade
Primeiro, vamos entender que o budismo é a própria sociedade, e que por meio do exemplo oriundos dos membros da SGI é que cativa e ganha a confiança das pessoas em meio a um país onde a cultura é cristã. Então, entendemos que o budismo é nosso próprio corpo e a sociedade é a sombra. A fé equivale a vida diária e se manifesta diretamente na sociedade através de benefícios e atitudes benevolentes.
Caridade Cristã x Benevolência Budista
Na obra Escolha a Vida, um diálogo do presidente Ikeda com o renomado historiador Arnold Toynbee, Ikeda explica que os atos de dar e receber no sentido moderno da caridade incorporam implicitamente o sentido de que o que recebe é inferior ao que dá, ética ou economicamente, ou ambas as coisas.
As religiões carentes de uma filosofia que não estimule as pessoas a se esforçarem, permitindo que fiquem apenas esperando que a resposta dos seus pedidos caia do céu são, na realidade, religiões que corrompem o ser humano. Em vez de enfatizar a prática da caridade, o budismo incentiva seus seguidores a combaterem a causa básica dos sofrimentos inerentes à vida das pessoas, ou seja, a crença nos ensinos superficiais e a ilusão do apego aos desejos mundanos.
Na maioria das situações, a caridade limita-se a aliviar apenas o efeito do sofrimento das pessoas que passam por algum infortúnio, e não leva em consideração a causa essencial dos sofrimentos humanos.
O princípio budista de benevolência (jihi) incorpora a própria essência da sabedoria oriental. Jihi (benevolência) é definido no budismo como “tirar o sofrimento e dar felicidade”. O caractere hi (literalmente, sofrimento) significa os esforços que uma pessoa faz para eliminar a causa fundamental do sofrimento, ao mesmo tempo que compartilha o sofrimento do outro e se solidariza como se esse sofrimento fosse seu. Ji (consideração) significa a prática benevolente baseada na forte determinação de nutrir e proteger a vida dos outros.