Benefícios da estética na auto-estima de pessoas que fizeram tratamentos estéticos
1 RESUMO
Os termos, autoconceito, autoconhecimento, auto-avaliação, conhecimento de si mesmo, auto-estima, auto-imagem, imagem de si mesmo ou autodescrição, têm sido usados na literatura, quase que como sinônimos, embora uma ou outra abordagem teórica privilegie o uso de um ou outro como mais explicativo ou adequado ao referencial de apoio. Entretanto, para nosso estudo, interessará as concepções teóricas sobre a auto-estima. A estima que um indivíduo sente por sua própria pessoa é de suma importância para sua experiência e seu desenvolvimento na sociedade com a qual interage, isto é, para sua atitude consigo mesmo e para com os outros. Por outro lado, os padrões de beleza femininos exigem dos indivíduos o autocontrole de sua aparência física fazendo com que invistam na sua força de vontade e autodisciplina para obterem um corpo “trabalhado”, “cuidado”, sem rugas, estrias, gorduras localizadas ou flacidez, tornando-se interessante verificar que a operacionalização estétita e cosmética relaciona-se também com valores morais contemporâneos como a auto-estima e o compromisso de mantê-la sempre em grau elevado. Assim, a intenção da pesquisa é analisar como a auto-estima e a beleza são construídas e modificadas por meio do tratamento estético tendo como referência o ideal de valorização do corpo através das técnicas de sua produção. Com vistas ao exposto, neste trabalho, o corpo será visto então como algo que é possuído pelo indivíduo e é também comunicador de sua(s) identidade(s), emitindo sinais que, por meio de sua manipulação, permitem às pessoas vestirem-se e desvestirem-se de identidades conforme o contexto. Desta forma, o corpo é encarado como objeto em transformação, capaz de permitir por meio de sua manipulação estética - cirurgias plásticas, musculação, tatuagens, tratamentos capilares, maquiagem - que a pessoa diga ao mundo quem ela é ou gostaria de ser.