Pim de auto estima
De Narciso, na Mitologia Grega, até nossos dias, provavelmente nossa visão mais importante seja a da própria auto-imagem. A percepção e a decodificação que fazemos dela é fundamental em nossa auto-estima e no nosso comportamento social e pessoal.
Queiramos ou não, ao observarmos a aparência de uma pessoa retiramos imediatamente uma gama de informações (talvez algumas apriorísticas ) significativas: sexo, idade, raça, nível sócio-econômico e outras. Da mesma forma, diversas emoções e sentimentos podem ser projetados ou inspirados nesta imagem: simpatia, antipatia, desejo, aconchego, rejeição e outros.
Coerentes com nossa estrutura ética, dizemos que “mais importante que a aparência é a essência”. Contudo, nossa primeira avaliação é pela imagem, aparência.
É inquestionável a associação do belo com o bom e do feio com o mal. Nas histórias em quadrinhos, nos contos de fadas, heróis, heroínas e fadas são bons e bonitos. Vilões e bruxas são feios. As imagens do bem são sempre bonitas.
Na vida cotidiana, “boa aparência” é fundamental na busca de um emprego, por exemplo. Estudos mostram que professores e orientadores são mais pacientes com crianças que consideram bonitas. Ideais humanos a parte, não concedemos aos “feios” as mesmas oportunidades e a mesma indulgência com que brindamos aos “belos”. Entre a percepção da aparência (imediata) e a avaliação da essência (mais lenta) vai um hiato de tempo que favorece o “belo”.
A mulher moderna associa imagem de beleza a êxito social, individual, sucesso profissional, felicidade conjugal. Alicerça o poder de sedução e a sexualidade na beleza. Beleza torna-se autêntico “regulador” do comportamento social. Ser bonita é ser bonita para outra pessoa.
O resultado de uma intervenção estética é satisfatório quando a atuação na imagem trouxer benefício ao bem estar da pessoa como um todo. E isto envolve auto-imagem adequada.
Diversos autores preocuparam-se com o estudo da auto-imagem.