behaviorismo
1.1 – A Psicologia em busca de uma definição como ciência
Para compreender os modos de representações que deram origem aos métodos de atuação do Behaviorismo faz-se necessário uma reflexão dos caminhos percorridos pela Psicologia em busca de uma definição como ciência (aqui o termo ciência no sentido moderno e não no sentido grego).
A psicologia existiu como um ramo da Filosofia desde seus primórdios. Aristóteles foi o primeiro pensador “a tentar compreender sistematicamente, as formas de pensamento e de crença dos homens” (SARGENT, 1962: p. 7,8). Ele se ocupava em estudar as sensações, ou seja, as maneiras de ouvir, o sentir, os sabores, a imaginação, a memória, o pensamento ou raciocínio. Depois dele, outros diversos pensadores se ocuparam em tentar compreender a mente humana. “O Filósofo da Grécia definiu a psicologia como “scientia de rebus animatis” (DÓRIA1, 1972; p 16) que quer dizer a ciência das coisas vivas. Ele incluiu o estudo das plantas, dos animais e do homem. Após ele não houve outras importantes definições até que no século XIII surgiu então a escola filosófica aristotélico-tomista, baseada também no pensamento de Santo Tomás de Aquilo. Esta escola trás a definição da psicologia como “estudo da alma compreendida como forma substancial do corpo. A alma é o ato primeiro do corpo físico potencialmente vivo” (DÓRIA, 1972; p17).
Com o inicio da Idade Moderna vem com ela a Revolução Científica (1550 a 1700) em que ocorreram na Europa várias mudanças na forma de pensar e na própria fé. Costumam apontar como motivador desta Revolução Nicolau Copérnico (1473 – 1543) que declarou que a Terra se move e não está no centro do universo, o que ia contra a tradição estabelecida nas Universidades e também na Igreja. Isso desencadeou uma série de outros acontecimentos, alterando a posição do homem no mundo, permitindo uma visão mais ampla de suas relações consigo mesmo, com Deus e pode-se dizer com a própria