behaviorismo radical
Dentre as várias propostas de entendimento do que seja a psicologia (seu objeto, seus métodos e seu papel na sociedade contemporânea), encontra-se a que chamamos de behaviorismo radical. B. F. Skinner (1904-1990) é reconhecido como o principal autor do behaviorismo radical; a própria expressão 'behaviorismo radical', com as marcas que hoje a caracterizam, foi introduzida em um texto deste autor, publicado em 1945. Atualmente, outros estudiosos3 vêm trazendo contribuições que explicitam, complementam ou acrescentam elementos às propostas inicialmente feitas por B. F. Skinner. Compreender a proposta de Skinner para a psicologia é, assim, um bom começo para compreendermos o behavioris-mo radical.
Quando Skinner inicia seus estudos em psicologia, outras propostas de entendimento desta área já estavam em discussão e a apresentação dos aspectos que caracterizavam seu entendimento da psicologia (aspectos que passariam a caracterizar o behaviorismo radical) foi feita, freqüentemente, a partir da contraposição com essas outras propostas então em vigor. De uma forma geral, essa contraposição com as demais propostas é guiada por questões relacionadas ao objeto e aos métodos da psicologia e ao modelo de causalidade que deveria orientar a construção de explicações das ações humanas. Com o objetivo de ilustrar essas contraposições e como, a partir delas, é apresentada a proposta de Skinner para a psicologia, vamos examinar três diferentes exemplos de textos desse autor. Em cada um desses exemplos será destacado um dos aspectos mencionados - o objeto de estudo da psicologia, os métodos adequados para estudá-lo e o modelo de causalidade; tal destaque é apenas uma estratégia de apresentação, pois tais as-pectos mantêm entre si relações estreitas, de forma tal que, ao tratar de cada um deles, Skin-ner tenha também abordado os demais. Primeiro exemplo: o objeto de estudo da psicologia
Se considerarmos o artigo escrito por Skinner (1963/1969) sobre os