Bebidas em Estádio
A liberação da venda de cerveja nos estádios (está no Estatuto do Torcedor) durante a Copa do Mundo é o ponto mais polêmico dela.
Me incomoda muito a permissão apenas na competição organizada pela Fifa.
Dá a impressão que o público do torneio em 2014 é civilizado o bastante para beber e nós, cidadãos, não somos.
Se realmente não temos capacidade de nos comportar como quem vai às partidas da Copa, também não deveríamos recebê-la.
O próprio Vicente Candido, relator da Lei Geral da Copa, concordou quando falei que o tratamento não deve ser diferente.
Não estou defendendo a permissão ou a liberação.
Apenas acho que o Governo erra feio quando trata os brasileiros como pessoas piores que as nascidas em outras nações.
Pode liberar a bebida se o fizer também nos jogos dos estaduais, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Copa Sul-Americana.
Não pode, por respeito e consideração ao povo, abrir exceção e atender os interesses da dona do futebol mundial.
A quem se aplica?
A nova lei aplica-se a bares, restaurantes, casas noturnas, casas de espetáculos, lanchonetes, padarias, lojas de conveniências, adegas, feiras, eventos e afins. Esses locais não poderão vender, oferecer ou entregar bebidas alcoólicas a menores de 18 anos e deverão cuidar para que as bebidas não sejam consumidas por menores, mesmo acompanhados de pais, responsáveis ou qualquer outro adulto.
Legislação no mundo
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em todo o mundo, cerca de 11% das pessoas que bebem têm ao menos um episódio de consumo excessivo por semana.
Dentro desse contexto, os homens são os campeões: para cada mulher que abusa da bebida, quatro homens fazem o mesmo. O levantamento feito pela entidade indica que homens brasileiros bebem até 24,4 litros de álcool por ano, enquanto que a média no mundo é de 6,1 litros. Já as mulheres, bebem 10 litros, em média.
Desde 1999, cerca de 34 países