Lei geral da copa
As recentes desavenças entre a FIFA e o governo brasileiro sobre a Copa do Mundo de 2014 têm provocado polêmica, mas os atritos com a entidade que regula o futebol também fizeram parte da relação com os organizadores de Mundiais passados. Tanto a África do Sul, sede da Copa de 2010, como a Alemanha, que organizou o Mundial em 2006, tiveram problemas com a FIFA em algumas das mesmas questões que vêm sendo temas de divergência no Brasil. A venda de bebidas nos estádios, que agora é motivo de disputa e confusão no Congresso brasileiro, também criou divergências comerciais e de preferência tanto na Alemanha como na África do Sul. Na África do Sul sempre foi possível comprar cerveja nos estádios. O problema é que os parceiros da FIFA bateram de frente com os patrocinadores locais. Na África do Sul, as marcas dão nome aos estádios. "O Soccer City na verdade chama-se FNB Stadium. Ellis Park é o Coca-Cola Park, e o Free State Stadium, na realidade, é o Vodacom Park. Os estádios tiveram que mudar de nome por exigência da Fifa." Na Alemanha, o lobby dos fabricantes foi mais eficiente. Por iniciativa do Parlamento do Estado da Baviera, no sul do país, a Alemanha acabou firmando um acordo com a FIFA: 40% da cerveja vendida nos estádios foi alemã, mas servida em copos transparentes para que sua marca não ficasse visível. Na Alemanha não houve uma Lei Geral da Copa, governo alemão entendeu que não havia a necessidade de criar novas leis e que a legislação existente já cobria os compromissos assumidos a negociação com a FIFA, foi feita somente por meio de acordos. Já a África do Sul aprovou a sua rapidamente, cinco anos antes do evento. A legislação sul-africana da época tornava essencial a criação de uma lei geral para o Mundial. Tanto na Alemanha quanto na África do Sul a FIFA também pressionou os organizadores locais, A FIFA é a dona da Copa do Mundo e o governo brasileiro assinou o