bauman
A globalização diz respeito a todos e leva a percursos inesperados, não há como planejar os caminhos a serem almejados, simplesmente eles acontecem da maneira que Wright chamou de “forças anônimas” operando em uma terra sem donos.
Assim, Bauman identifica a morte da soberania do Estado, que tem de abrir mão do seu controle para privilegiar a nova ordem mundial. Não se espera do Estado o mesmo papel de outrora, este novo Estado que surge é uma máquina dependente dos processos produtivos.
Não se supõe em tempos atuais, um Estado que vise uma política fechada que não deslumbre o mercado global. O poder econômico foi extremamente abalado e não existem maneiras de se governar a partir de ideologias políticas e interesses soberanos da nação.
A globalização impõe seus preceitos de forma totalitária e indissolúvel, impondo pressões que o Estado não é capaz de dirimir, ou seja, para Bauman alguns minutos bastam para que as empresas e a Nação entrem em colapso.
O Estado está despido de seu poder e de sua autoridade, somente lhe restou ferramentas básicas para manutenção do interesse das grandes organizações empresariais. Cabe, desta maneira, enfatizar que toda essa desorganização tem como ponto culminante, as regras de livre mercado, políticas especulatórias, capital global e um Estado diminuto e fraco, que tem como única função a manutenção e criação de processos que mantenham a estabilidade financeira e econômica.
Hoje as mega-empresas desfrutam de toda a liberdade para realizarem manobras