bauduco case
A Bauducco é um caso raro no universo empresarial. Fundada nos anos 40 por um imigrante italiano, a empresa fez mais do que introduzir no Brasil a receita de panetone trazida pelo senhor Bauducco: fez com que a guloseima vinda da Itália se tornasse uma tradição dos natais brasileiros, um item imprescindível no cardápio natalino de todas as famílias. Contudo, longe de cair na armadilha dos produtos sazonais, a Bauducco rapidamente diversificou sua produção, mas sem perder a característica inovadora de seu fundador. “Meu avô não admitia fazer qualquer coisa que não fosse novidade”, disse-me Mássimo Bauducco, diretor superintende da empresa, na entrevista cuja íntegra irá ao ar neste sábado pela BandNews FM. “Tanto meu avô quanto meu pai não entravam em um mercado se não fosse para inovar. Foi assim que a família introduziu o panetone no Brasil, bem como a torrada e o biscoito champanhe, entre outros produtos. Em relação aos produtos que já existiam, nós introduzimos novos sabores, novos conceitos, novas embalagens... enfim, não fazemos nada igual a algo que já exista. Sempre criamos alguma coisa”. Esse é um dos fatores que, sem dúvida, ajuda a explicar o sucesso da empresa. Com a compra da Visconti, seu principal concorrente, há quatro anos, a Bauducco tornou-se a maior produtora de panetones do mundo. E além de liderar quase todos os segmentos em que atua, possui o parque industrial especializado na produção de biscoitos mais avançado da América Latina – tudo isso sem deixar de ser uma empresa eminentemente familiar.
E, para tornar sua situação ainda mais singular, a Bauducco parece estar imune às disputas e desavenças entre herdeiros que, com freqüência, colocam em risco a saúde de empresas desse tipo. Quanto a mais essa proeza, Mássimo revela: “Elaboramos um plano de sucessão há mais de 15 anos no qual todos os diretores foram sendo contratos de fora. Hoje, a única pessoa da família que exerce um cargo mais atuante sou