Bastet
Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Artemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua.
Com o tempo, ela também perdeu sua cabeça original de gato selvagem do deserto ou leão e ganhou a cabeça de um gato doméstico. Os gatos eram muito importantes para os egípcios, porque protegiam os grãos dos animais daninhos, e acreditava-se que Bastet os protegia. Quem matasse um gato era punido com a morte. Quando os gatos morriam, as famílias raspavam a sobrancelha como luto e às vezes seus gatos eram mumificados.
A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.
Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja, pela semelhança com sangue, para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana.
O seu centro de culto estava na cidade de Bubástis, na região oriental do Delta do Nilo. Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.