Bastet

Bastet
Natalia Amarilho Pereira

Introdução

Neste trabalho falaremos sobre o mito de Bastet - deusa gata, abordando três assuntos: a civilização de cujo panteão pertence o mito, a apresentação do mito (história, culto e representação), e a relações entre o mito e a realidade no período em que foi desenvolvido e nos dias atuais.

Bubastis

Bubastis na literatura clássica o local era chamado de Bubasteion, mas dentre os egípcios a cidade era conhecida como Per-Bastet, “casa de Bastet”. Já hoje, o lugar chama-se Tel-Basta e é popular pelas pesquisas na necrópole dos gatos.

Bastet era a divindade local de Bubastis. Nesta cidade a deusa gata era adorada desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.), sendo os soberanos da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.) oriundos de Bubastis, tornaram a deusa de sua cidade natal uma divindade de cunho nacional, assim incorporada no panteão dos deuses egípcios. No Império Médio, o gato tornou-se o animal sagrado de Bubastis, a figura do gato desempenhava um papel importante na cultura religiosa egípcia: além de representar a doçura, também eram considerados a encarnação terrestre da deusa, e sem contar que poderia ser considerado um dos símbolos do combate do bem contra o mal, já que existem representações de felinos lutando contra a serpente maligna Apophis.

Nos templos da deusa Bastet em Bubastis, criavam-se gatos. Nos arredores de Bubastis, encontram-se as galerias subterrâneas de um dos mais importantes cemitérios dos gatos sagrados. Mas embora a cidade seja relacionada à deusa Bastet, sua necrópole também existiam múmias de outros animais além do gato, cujo culto tornou-se popular durante a Baixa Época .

Segundo conta Heródoto: “Bubastis era considerada, na Antiguidade a mais culta cidade egípcia, onde se celebrava uma das festas anuais mais importantes do Egito: as bubástias”. No seu solo, encontram-se restos arqueológicos tanto do Antigo como do Médio Império,