Bases da economia brasileira
O ano de 1.500 marca o início da presença europeia no Brasil, inicialmente de forma extrativista e predatória (Ciclo do Pau Brasil), depois na estrutura de capitanias hereditárias, passando por uma fase onde Portugal e Espanha estiveram unidos sob a mesma Coroa; após esta fase, o Brasil deixa de ser uma colônia e passa a ser a sede de um Império, com a Família Real mais uma enorme comitiva habitando o Rio de Janeiro. Com a Independência, o país deixa de ser subordinado a Portugal, mas continua a ser governado por uma coroa, neste período a estrutura de produção vinculada ao setor primário da economia (agricultura, criações e extrativismo vegetal ou mineral), com mão de obra não assalariada e voltada para a exportação foi amplamente consolidada, principalmente por ser do interesse das oligarquias.
Tal estrutura impossibilitou o aquecimento da economia brasileira durante décadas e foi responsável por um enorme atraso do crescimento econômico brasileiro, gerando desigualdades sociais que, mesmo com todo esforço do governos do início do Século XXI, ainda darão muito trabalho para serem minimizadas. As dificuldades do empreendedor privado em tentar alterar este sistema estão bem descritas no documentário (filme) “Mauá, o Imperador e o Rei” - vide <http://www.baixarfilmesavi.com/baixar-filme-maua-o-imperador-e-o-rei>
O vínculo quase que exclusivo ao setor primário aliado ao destino da exportação impossibilitava o país de iniciar uma fase de industrialização; já a mão de obra não assalariada impediu por séculos a criação de um mercado consumidor interno, pois uma grande maioria da força de trabalho não recebia salário para gastar no mercado.
Esta estrutura permaneceu assim após a Abolição da Escravidão e após a Proclamação da República, pois era do interesse das elites dominantes naquela época.
O mais evidente sinal de mudança desta estrutura foi a primeira crise econômica mundial, provocada pela quebra da Bolsa de